Teixeira de Freitas: No final da tarde desta terça (07), nossa equipe foi procurada por pacientes oncológicos, que teriam atendimento na manhã desta quarta feira, preocupados com a informação que a Unacon – Unidade de Alta Complexidade em Oncologia estaria fechada a partir de então, e que os médicos e funcionários foram demitidos e outros remanejados para outros setores. Na manhã de hoje (08), uma equipe da Rádio Sucesso e outros meios de comunicações, estiveram no local, e foi possível constatar um tumulto, já que os médicos estavam pelo lado de fora aguardando explicações e pacientes necessitando serem atendidos e não tinha nenhum funcionário.
Muitos pacientes revoltados que vieram de outras cidades, dentre tantos outros que tinham atendimento agendando para esta dada. Conversamos com alguns que desabafaram. “Fui surpreendida com as portas fechadas da unidade, ninguém nos comunicou nada, nem os médicos estão sabendo o que está acontecendo, não merecemos isso, aqui hoje tem pacientes para retirada de pontos, para quimioterapia, consultas, já sofremos com a falta de medicação para alguns pacientes e agora essa situação. Não sabemos o que será de agora em diante. Peço às autoridades que tenham respeito por nós, já estamos sensibilizados com a doença. Os médicos estão aqui, mas não sabem o que fazer. Não posso ficar sem meus médicos, não podem demiti-los”. Contou-nos Nagila da Luz Nunes, paciente oncológica.
Já a paciente Cleonice, fez recentemente a cirurgia de retirada da mama, precisa iniciar mais um ciclo de quimioterapia e não sabe a quem recorrer. “Preciso iniciar o ciclo da quimio branca, e sou surpreendida com tudo isso. No primeiro ciclo, já fiz o tratamento com falhas por falta de medicamento, estou há dois meses sem o tratamento, agora que marcaram, estava cheia de esperança recebo essa notícia. Não concordo que eles fechem a Unacon para fazer melhorias, ao menos nos comunicasse, nem dormi essa noite, meu psicológico está uma loucura. Nós estamos aqui porque necessitamos, e agora? Como irei ficar sem meus médicos, enfermeiros, funcionários que conheciam toda a nossa rotina? Não podem fechar a unidade, pedimos socorro!” Desabafa a paciente que descobriu há 6 meses que está doente.
Tentamos conversar com alguns médicos, que preferiram não dar entrevista, justamente por não saber o que está acontecendo. Percebemos que dois médicos, chegaram atender alguns pacientes, já que foi solicitada a presença de alguns funcionários do hospital regional para amenizar alguns problemas mais graves.

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