Por: Tatiana Novais/ Sucesso FM
Na manhã desta quarta-feira, 07 de dezembro de 2016, o Programa Fitossanitário de Controle da Lagarta Parda na Bahia – PFCLP, realizou diversas palestras em uma reunião que aconteceu no auditório da CEPLAC em Teixeira de Freitas- BA, além de debater e deliberar as ações que serão feitas no próximo ano e fazer um balanço das ações realizadas no ano de 2016.
Estiveram presentes no evento o Diretor de defesa sanitária vegetal da ADAB- Agencia Estadual de defesa agropecuária da Bahia, o Coordenador do PFCLP, representantes da CTR- Comissão técnica Regional (que administram o programa), representantes da ABAF – Associação Baiana das Empresas de Base Florestal, representantes da ASPEX – Associação dos Produtores de Eucalipto do Extremo Sul da Bahia, entre outras organizações e membros da sociedade civil organizada.
A lagarta parda (Thyrinteína arnobia) tipica da Mata Atlântica é uma espécie de praga desfolhadora que causa danos de aproximadamente 50.000 reais por ano no Brasil, as fêmeas são conhecidas como mariposas brancas e recentemente houve um surto tão grande nas lavouras que as mariposas invadiram as cidades no extremo-sul baiano. Elas não causam danos ao homem porém acabam com as folhas de muitas plantas devido a um pó tóxico que liberam.
De acordo com Paulo Andrade, Coordenador do PFCLP, O programa nasceu da necessidade do controle desta praga aqui na região. “Em 2013 começou um surto e em 2015 tomou uma proporção muito grande atingindo as principais culturas (Café, cacau e eucalipto) então foi necessário para os agricultores, produtores, empresas juntarem-se aos órgãos de defesa do governo, a ADAB e a Secretaria de Agricultura onde firmaram uma parceria para promover este programa e atuar na região” declarou o coordenador do programa.
Ainda de acordo com Paulo, a forma de combater a praga é feita através de um controle biológico que não permite que outras especies (por exemplo abelhas) sejam afetadas, graças ao suporte profissional disponibilizado pela ABAF e pela ASPEX. “O programa atendeu, conscientizou, deu suporte técnico e mantem contato com mais de 90 comunidades e diversos produtores incluindo comunidades quilombolas e indígenas, assentamentos do MST, associações rurais e no ano de 2016 não tivemos problemas como nos surtos dos anos anteriores” informou Paulo Andrade.