O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou nesta terça-feira (15) a lei que institui o Dia Nacional da Música Gospel, a ser celebrado no dia 9 de junho. O ato faz parte de um novo esforço de aproximação entre o governo e o público evangélico, que majoritariamente apoiou Jair Bolsonaro nas últimas eleições.
A cerimônia foi realizada de forma restrita no Palácio do Planalto, onde o deputado Otoni de Paula (MDB-RJ), representante da bancada evangélica e ex-aliado de Bolsonaro, discursou. Mesmo destacando que a maioria dos evangélicos não votou em Lula, Otoni demonstrou respeito à autoridade presidencial: “Gostando ou não, politicamente, de vossa excelência e de seus posicionamentos, não temos outra opção pela Bíblia, a não ser orar por vossa excelência.”
Otoni também elogiou as políticas sociais dos governos de Lula, como o Bolsa Família e o Minha Casa, Minha Vida, que, segundo ele, beneficiaram muitas famílias evangélicas. “Essa gente humilde de Deus tem condições de comer por causa do Bolsa Família e onde morar por causa do Minha Casa, Minha Vida”, afirmou. Além disso, ele destacou o impacto dessas políticas nas igrejas, afirmando que “nossas igrejas passaram a ter mais doutores e professores” graças às oportunidades criadas.
O deputado ainda fez questão de ressaltar que os evangélicos “não são gados ou jumentos” e que suas igrejas não pertencem a nenhum lado político, mas sim ao “Bom Pastor”, escolhendo suas pautas com base em valores e crenças.
O evento contou também com um momento de louvor, em que os presentes cantaram um trecho da música “Faz um Milagre em Mim”, do cantor gospel Régis Danese.
Com a sanção, o Dia Nacional da Música Gospel se junta a outras datas comemorativas já estabelecidas no calendário oficial brasileiro relacionadas aos evangélicos, como:
• 31 de outubro – Dia da Reforma Protestante
• 30 de novembro – Dia do Evangélico
• 1º de junho – Dia Nacional da Imprensa Evangélica
Essas datas reforçam a relevância cultural e social da comunidade evangélica no Brasil, que vem ganhando cada vez mais visibilidade no cenário político e social.
Fonte: G1