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estudantes e professores da Ufsb, Uneb e IFbaiano se manifestam contra a PEC55 em Teixeira de Freitas

 estudantes e professores da Ufsb, Uneb e IFbaiano se manifestam contra a PEC55 em Teixeira de Freitas
30 OUT 2016
16:00

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Por: Tatiana Novais / Sucesso FM

Durante esta terça feira, 29 de novembro de 2016, estudantes e professores atuante dos movimentos de ocupação da Universidade Federal do Sul da Bahia- Ufsb, Universidade do Estado da Bahia- Uneb e Instituto Federal Baiano – IFbaiano de Teixeira de Freitas realizaram uma manifestação na Praça da Bíblia contra a aprovação da PEC55 que estava sendo votada no Senado Federal.

Alguns estudantes da cidade e região foram para Brasília na tentativa de assistir a votação e protestar contra a aprovação da PEC55 os demais que ficaram na cidade de Teixeira de Freitas aproveitaram a ocasião para fazer um processo de conscientização em praça pública. O evento contou com diversas atividades, como oficina de turbante, apresentação musica ao vivo, estender de botânica, biologia, exposição de livros, intervenções artísticas, palestras, aulas públicas e rodas de conversa.

De acordo com a estudante da Ufsb, Letícia Lacerda, os principais pontos que os estudantes lutam contra a emenda constitucional é exatamente o congelamento por 20 anos dos investimentos em saúde e educação e previdência social além da falta de uma auditoria que coloca em dúvida o valor dessa dívida do Brasil, “Porque eles querem cortar os gastos da parte que mais precisa de investimentos? Justamente o lado que sofrerá com isso é a classe trabalhadora, os mais pobres, uma excelente saída seria taxar as grandes fortunas, mais isso, essas propostas eles não quiseram nem debater” informou Letícia.

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As estudantes Joice Fernandes e Thaís Mettzker, do 3° ano integrado do curso técnico de florestas do IFbaiano informaram que a ocupação do IFbaiano vai continuar e funciona com diversas programações, os estudantes foram divididos em várias comissões para melhor organização das tarefas. De acordo com Joice” as principais pautas de luta são os posicionamentos contra a PEC55, contra a MP do Ensino Médio e também contra o projeto de escola sem partido, além dessas discussões realizamos vários momentos com oficinas de forró, de turbante, tivemos a semana da consciência negra, entre outras atividades de cunho cultural”, disse Joice.

Segundo Thaís Mettzkler “A nossa preocupação neste momento de hoje foi levar para a sociedade em geral todas as informações sobre a PEC55 e também falar um pouco das nossas ocupações aqui na cidade, mostra o que está acontecendo, muitas vezes a população tem uma visão muito turva sobre o que os estudantes estão fazendo, e é um movimento legitimo assim como as manifestações de hoje” afirmou a estudante.

Ainda nas manifestações que ocorreram na Praça da Bíblia, a radio Sucesso FM entrevistou a Professora da Uneb, Nalva Araújo e a estudante Jaqueline Nunes também da Uneb que é a universidade que primeiro decidiu fazer a ocupação em Teixeira de Freitas- BA.

De acordo com a estudante Jaqueline Nunes, a Uneb campus X está completando um mês e cinco dias de movimento de ocupação dentro da universidade, “eu considero muito importante ocupar as praças porque já ocupamos a universidade e existe um público que não adentra a universidade, não participa das atividades, é interessante estar aqui para atender este público que está indo e voltando  do trabalho, informando a eles sobre os absurdos que o governo quer aprovar junto á essa PEC55” declarou Jaqueline.

A Professora Nalva Araújo, informou que este projeto de ementa constitucional na verdade é uma proposta de alteração da constituição federal que foi votada em 1988, ela já foi aprovada na Câmara dos deputados,  para que ela se torne efetiva e mude de fato a constituição ela precisa passar por dois turnos de votação no senado, hoje (29/11) foi o primeiro turno e no dia 13 de dezembro acontecerá o segundo turno de votações, se for aprovada teremos mudanças absurdas na constituição, terá limite de gastos nos próximos 20 anos na área de saúde, educação, e várias outras.

“Nós enquanto universidade, pessoas envolvidas no campo educacional estamos pensando que investir em educação não é gasto é investimento na nação, no futuro do País, não existe lugar nenhum no mundo que se desenvolveu sem injetar investimento público em educação e em saúde, o governo brasileiro está hoje na contra-mão da história quando propõe um limite de gastos nesses setores primordiais” disse a professora que ainda ressaltou que o movimento é a favor que se limite gastos, porém, não desses setores “Se cortarem as mordomias do Senado, do Judiciário e taxar as grandes fortunas, cobra impostos dos grandes produtores, dos milionários, daria já um bom saldo para resolver essas questões, mas o governo brasileiro está arrochando aquele que já foi excluído e arrochado na história do país por mais de 500 anos”.

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