Dezenas de crianças foram internadas após uma dedetização realizada na escola do distrito de Rancho Alegre, em Caravelas. Segundo os pais, a dedetização ocorreu um dia antes do incidente, e na manhã seguinte, muitos alunos, além de funcionários como zeladores e o porteiro, começaram a passar mal, apresentando sintomas como desmaios e dificuldades na fala.
José Carlos Gomes da Cruz, pai de duas das crianças afetadas, relatou que apenas uma ambulância estava disponível no local para prestar socorro, o que fez com que muitos pais se vissem obrigados a transportar os filhos em carros particulares até a Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) e à Unidade Municipal Materno Infantil (UMMI) de Teixeira de Freitas, . “Foi um desespero total, vimos nossos filhos desmaiando e não tínhamos como socorrê-los adequadamente”, disse José Carlos.
Na chegada à UPA, as cenas eram preocupantes. Crianças desmaiadas e algumas sem conseguir falar se amontoavam na recepção, em uma demonstração clara de que o socorro havia sido insuficiente. Pais e responsáveis, visivelmente abalados, criticavam a falta de planejamento e a ausência de suporte médico no momento da emergência.
“Não imaginamos que a dedetização traria um impacto tão grande. Confiamos que a escola seguiria todos os procedimentos de segurança, mas claramente isso não aconteceu. Estava claro que o local não havia sido liberado corretamente para o retorno dos alunos”, desabafou uma mãe que preferiu não se identificar.
A comunidade escolar agora pede explicações urgentes e medidas preventivas para evitar novos casos de intoxicação, além de melhorias no atendimento emergencial para casos futuros. “É inadmissível que uma dedetização cause tudo isso. Precisamos de respostas”, concluiu José Carlos.
Até o fechamento desta matéria, a direção da escola e as autoridades de saúde de Caravelas não se pronunciaram oficialmente sobre o caso