Caravelas, no sul da Bahia, está em festa com a chegada das gigantes do mar. Entre os meses de julho e outubro, a cidade se transforma em um dos principais pontos do país para a observação de baleias-jubarte, que migram anualmente das águas geladas da Antártida para o litoral brasileiro em busca de águas mais quentes para se reproduzir e cuidar de seus filhotes.
O pico da temporada ocorre entre agosto e setembro, quando as chances de avistar as jubartes saltando, batendo as nadadeiras ou mesmo cuidando dos filhotes são ainda maiores. Durante esse período, centenas de turistas, fotógrafos e biólogos marinhos embarcam nos tradicionais passeios chamados de “baleiadas”, que partem principalmente de Caravelas rumo ao Parque Nacional Marinho dos Abrolhos.
“A emoção de ver uma baleia de perto é indescritível. Elas chegam muito perto dos barcos e é possível ouvir até os sons que emitem. É um espetáculo inesquecível”, conta Ana Carla Nascimento, guia turística na região.
A observação é feita com respeito às normas ambientais, com limite de aproximação e tempo de permanência próximo aos animais. Além de incentivar o turismo ecológico, a temporada também fortalece a economia local, movimentando pousadas, restaurantes e agências de turismo.
O arquipélago de Abrolhos, formado por cinco ilhas vulcânicas, é considerado um dos maiores berçários de baleias-jubarte do Atlântico Sul. Segundo o Instituto Baleia Jubarte, mais de 20 mil indivíduos passam pela costa brasileira durante a temporada, e Abrolhos concentra uma das maiores populações reprodutivas da espécie.
Para quem deseja viver essa experiência, o ideal é programar a visita entre agosto e setembro, quando a presença das baleias é mais intensa. Além dos passeios, é possível visitar o centro de visitantes do Instituto Baleia Jubarte em Caravelas, onde há exposições e atividades educativas sobre a espécie e sua conservação.